10 julho 2012

Porquê a Amazónia e não outro destino que nos fosse desconhecido?

As viagens são como as conversas vão-se encaixando umas nas outras e a Amazónia 2012 encaixa na viagem de Caracas-São Paulo de 2010.

Em 2010 um dos pontos altos da viagem era fazer a ligação de Manaus a Humaitá pela BR319 antiga TransAmazónica que, nos anos 70, foi abandonada, a natureza recuperou o seu espaço, hoje são 670Km de picada muito má com várias dezenas de pontes de madeira, algumas em muito mau estado de conservação, para não dizer perigosas.

Em 2010, seguindo os conselhos do amigo Antonio Clark Xavier e da Polícia Rodoviária do Brasil em Manaus, esta ligação não foi feita porque  duas pontes tinham sido levadas pelas águas, continuava a chover torrencialmente e, devido a tanta lama, a BR319 estava praticamente intransitável a qualquer veículo.
A alternativa foi efectuar a ligação por barco, que durou três dias a subir o rio Madeira até Humaitá,foi uma experiência diferente mas muito enriquecedora.
Se a BR319 já era uma referência agora, com estes contratempos da natureza, despertava ainda mais a nossa curiosidade.

De regresso a Portugal a ideia foi amadurecendo cada vez mais e, em finais de 2011, foi decidido que a próxima viagem seria o regresso à Amazónia.
Depois de estudar vários itenerários,  todos eles a começar ou a terminar na BR319 e de analisar a opinião de várias pessoas, ficou decidido que o iteneário era de barco descendo o rio Amazonas de Manaus até Santarem, onde se iniciou de moto a viagem com cerca de 2400Km até Manaus passando pela BR163 até Rurópolis, seguindo pela BR230 até Humaitá e finalmente a BR319 até Manaus.

Candidatos eram inicialmente oito, mas por variadíssimas razões o numero foi reduzindo até ficarmos três: António Clark Xavier,  António Gomes de Almeida (TONY) e Mário C. Frazão.

As motos utilizadas: o Clark com a sua Yamaha XT125 que foi a quarta vez que fez este trajecto, o Tony com uma Honda XR150 e o Mário com uma Honda XR250, três motos ideais para esta viagem.